Seja muito bem vindo!!!

Prezado(a) visitante:
É com muito prazer que recebo sua visita no Blog Avaliação Física em Foco. Meu objetivo com este espaço é disponibilizar textos, artigos e protocolos que são utilizados nas ciências da atividade física como ferramentas para a utilização dos mais diversos leitores como: profissionais e estudantes de Educação Física, profissionais e estudantes da área da saúde, amantes do esporte, leitores que desejam melhorar sua performance, enfim, a todos os amantes da valiosa ferramenta chamada Avaliação Física que nos serve como fonte de diagnóstico e agente norteador para a excelência na prescrição do exercício.

Aproveito para convidar a todos os profissionais que desejam publicar suas colaborações a participarem da forma que quiserem. Façam comentários, críticas, sugestões e claro, o espaço esta aberto para colocarem seus próprios textos para enriquecer cada vez mais este espaço.

Grande abraço!!!

Prof. Ms. Diogo Pantaleão

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Calcule sua massa corporal desejada em 3 passos!!!

Após calcularmos e avaliarmos a quantidade de gordura estimada devemos explicitar ao avaliado sobre as suas necessidades e propormos um objetivo para uma próxima avaliação. A maioria das pessoas que buscam modificações da composição corporal são aquelas com excesso de massa corporal, seja por razões estéticas ou de saúde. Por isso, devemos criar metas para alcançarmos os objetivos com o treinamento, assim como na nossa vida!!!
O importante é frisarmos que as mudanças propostas são apenas o começo do caminho e, que este é um trabalho diário e nada fácil de ser conquistado. Muitos até costumam brincar que o objetivo é eliminar o excesso de gordura corporal e não perder, pois quem perde pode reencontrar aquele excesso!
Mais abaixo vocês irão perceber que estarei usando o termo massa corporal desejada ao invés de peso ideal. O motivo é simples: raramente o ideal pode ser alcançado logo na primeira proposta de treinamento, aliais dificilmente alguém consegue chegar ao ideal, pois estamos sempre querendo mais e mais... Acredito que o ideal é a realização de propostas paulatinas de mudanças na composição corporal para não causarmos aquele efeito de desânimo pela lonjura do ideal.
Diante disso estes são os passos a serem seguidos para o cálculo da massa corporal desejada:
1º passo: Saber a massa corporal e o % de gordura estimado, idade e nível de atividade física.
Hipoteticamente teremos uma mulher de 35 anos com pratica regular de atividade física. Possui 80 kg de massa corporal e 30 % de gordura estimada.
2º passo: Determinar um plano de objetivos para a avaliada.
Por exemplo, para uma primeira proposta o objetivo acordado com a avaliada será reduzir este percentual em 5 %, ou seja, 25 % no total.
3ºpasso: calcular o valor da massa corporal magra, massa de gordura e a massa corporal desejada.
Massa de gordura= 30 % x 80 kg ® Massa de gordura = 24 kg
Massa corporal magra = Massa corporal - Massa de gordura
Massa corporal magra = 80 kg – 24 kg ® Massa Corporal Magra = 56 kg

sábado, 19 de fevereiro de 2011

TABELAS PARA CLASSIFICAÇÃO DO % DE GORDURA

TABELAS PARA CLASSIFICAÇÃO DO % DE GORDURA
No último post coloquei algumas equações para o cálculo do % gordura estimada. Com os resultados verifica-se a necessidade de avaliar se aquele valor é adequado. Com isso, diversas tabelas de classificação foram criadas e abaixo disponibilizo algumas das mais usadas. A sugestão é que sejam utilizadas as tabelas na qual o gênero e as faixas etárias são consideradas.
Lohman (1992)

Pollock & Wilmore (1993)


Foss & Keteyian (2000)

No próximo post colocarei informações de como calcular o peso ideal utilizando como parâmetro o % de gordura.

Estou muito grato com sua visita que é sempre especial, grande abraço!!!

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

EQUAÇÕES GENERALIZADAS E ESPECÍFICAS PARA O CÁLCULO DO % DE GORDURA

EQUAÇÕES GENERALIZADAS E ESPECÍFICAS PARA O CÁLCULO DO % DE GORDURA
As equações de predição são desenvolvidas utilizando-se modelos matemáticos de regressão linear (equações para grupos específicos - homogêneos) e quadráticos (equações para grupos generalizados - heterogêneos). Existem muitas equações disponíveis para escolha e, talvez esta seja uma das maiores dificuldades na hora de selecionar qual delas utilizar.
O importante na escolha é perceber a sua real necessidade e possíveis problemas com a escolha. Quanto às necessidades a questão do tempo é um dos fatores relevantes, principalmente em academias, pois se o avaliador escolhe uma equação que demande a medição de muitas dobras, o tempo de coleta será consideravelmente maior. Diretamente relacionado ao número de dobras cutâneas medidas, podemos citar o problema com erros de medidas intra e inter-avaliadores. Caso o avaliador não seja experiente, ou existam muitos avaliadores, a utilização de protocolos com poucas dobras é sempre recomendável, assim como, treinos técnicos para avaliar o erro técnico de medição dos avaliadores.
Existem mais de uma centena de equações envolvendo medidas antropométricas, abaixo postarei apenas algumas delas que são frequentemente utilizadas por avaliadores:
Equações Generalizadas
Jackson e Pollock (1978) – Homens de 18 a 61 anos
DC= 1,109380 – 0,0008267 (3DOC) + 0,0000016 (3DOC)2 – 0,0002574 (idade)
Somatório das 3 DOC: peitoral, abdome e coxa.
Petroski (1995) – Homens de 18 a 66 anos
DC= 1,10404686 – 0,00111938 (3DOC) + 0,00000391 (3DOC)2 – 0,00027884 (idade)
Somatório das 3 DOC: peitoral, tríceps e subescapular.
Jackson et al (1980) – Mulheres de 18 a 55 anos
DC= 1,0994921 – 0,0009929 (3DOC) + 0,0000023 (3DOC)2 – 0,0001392 (idade)
Somatório das 3 DOC: Tríceps, supra-ilíaca e coxa
Petroski (1995) – Mulheres 18 a 51 anos
DC= 1,02902361 – 0,00067159 (4DOC) + 0,00000242 (4DOC)2 – 0,00026073 (idade) – 0,00056009 (massa corporal) + 0,00054649 (estatura)
Somatório das 4 DOC: Subescapular, tríceps, supra-ilíaca e panturrilha medial .

Equações Específicas
Jackson et al (1980) – Homens atletas de 18 a 29 anos
DC= 1,112 – 0,00043499 (7DOC) + 0,00000055 (7DOC)2 – 0,00028826 (idade)
Somatório das 7 DOC: Tríceps, subescapular, peitoral, axilar média, supra-ilíaca anterior, abdominal e coxa.
Jackson et al (1980) – Mulheres atletas de 18 a 29 anos
DC= 1,096095 – 0,0006952 (4DOC) + 0,0000011 (4DOC)2 – 0,0000714 (idade)
Somatório das 4 DOC: Tríceps, supra-ilíaca anterior, abdominal e coxa.

Fórmulas para transformar DC em % gordura:
Homens brancos %G = [(4,95/Dc) – 4,5] x 100
Homens negros %G = [(4,37/Dc) – 3,93] x 100
Mulheres brancas %G = [(5,01/Dc) – 4,57] x 100
Mulheres negras %G = [(4,85/Dc) – 4,39] x 100

No próximo post colocarei algumas tabelas utilizadas para avaliar a quantidade estimada de gordura corporal.
Estou muito grato com sua visita que é sempre especial.

Grande abraço!!!

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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O USO DE DOBRAS CUTÂNEAS PARA O CÁLCULO DO % DE GORDURA.

O USO DE DOBRAS CUTÂNEAS PARA O CÁLCULO DO % DE GORDURA.
O uso das medições das dobras cutâneas para avaliar a composição corporal é feito há mais de um século. O objetivo destas medidas é predizer a densidade e a gordura corporal total e regional para identificar riscos à saúde. Após serem realizadas as medições conforme os protocolos específicos para sexo, idade, raça e aptidão física, podemos estimar o % de gordura corporal. Este método é duplamente indireto sendo amplamente utilizado em situações de campo e clínica, pois são fáceis de administrar com um custo relativamente baixo.
As equações antropométricas que utilizam as dobras cutâneas podem generalizadas ou específicas para grupos populacionais. Equações específicas devem ser utilizadas somente para aquele grupo homogêneo específico em que foram feitas as análises. Por exemplo, se a equação utilizou como amostra somente indivíduos de 10 a 18 anos do sexo masculino e da raça negra, esta equação não deve ser utilizada para estimar a composição corporal em pessoas que fujam a estas características, com o risco de subestimar ou superestimar o valor encontrado. Sempre que possível, as equações específicas devem ser preferencialmente utilizadas, pois são mais precisas que as generalizadas, diminuindo desta maneira o erro da predição.
As aplicações para avaliar a composição corporal segundo Heyward e Stolarczyk (2000) são:
·         Identificar e proporcionar entendimento aos riscos à saúde associados a níveis excessivamente altos ou baixos de gordura corporal total;
·         Identificar riscos à saúde associados ao acúmulo excessivo de gordura intra-abdominal;
·         Monitorar mudanças na composição corporal associadas a certas doenças;
·         Para formular e avaliar a eficiência de intervenções nutricionais e de exercícios físicos na alteração da composição corporal;
·         Estimar o peso ideal;
·         Monitorar mudanças associadas ao crescimento, desenvolvimento, maturação e idade.
No próximo post estarei apresentando algumas equações específicas e generalizadas largamente utilizadas pelos profissionais da área de saúde.

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Grande abraço e estou grato pela sua visita que é sempre especial!!!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

História 3/3 e expectativas para 2011.


PROGRAMA DE AVALIAÇÃO FÍSICA CONTINUADA (PAFIC)

Ano de 2010 – Ano de reconhecimento e idealização de novos horizontes.

O ano de 2010 foi de estabilização de conceitos e reconhecimento da sociedade advindo de muito trabalho e estudo empregado no PAFIC.
No colégio Fênix, as avaliações ocorreram satisfatoriamente e desenvolvidas em uma nova estrutura que nos possibilitou de forma geral melhorar ainda mais a qualidade do trabalho. Abaixo algumas fotos:





Neste ano a parceria com o Professor Esp. Leonardo Machado junto ao colégio Único foi retomada.
As aulas de Educação Física da Escola Municipal Papa João Paulo II tiveram pela primeira vez avaliações físicas com caráter periódico (2 vezes ao ano) e, possivelmente parte do conteúdo programático. As avaliações constaram do diagnóstico da composição corporal e testes motores.
A equipe Tennis Route é agora também um instituto e, se instalou definitivamente na Granja Brasil através de uma parceria. Cada vez mais a equipe esta se estruturando através de importantes parcerias e a chegada de novos atletas de diversos lugares do Brasil é uma realidade. Em dezembro realizamos as avaliações da pré-temporada e foram excelentes, abaixo algumas fotos:

                  Felipe Frias, Eu, Rafael Racy, Guilherme Frias, Victor (assistent coach) e Marina Ziehe









Ano de 2011 – Janeiro

A primeira novidade de 2011 é a criação de um índice para equipe Tennis Route (http://www.tennisroute.com.br/) em que somamos diversas variáveis  e, com isso, podemos avaliar não somente a evolução do atleta, como também sua posição em relação ao rendimento dos outros. Mais adiante estarei publicando maiores explicações. Aproveito para mandar um abraço especial aos atletas Guilherme Frias e Marina Ziehe que são os primeiros atletas a completarem a maioridade e seguirem para Universidades nos EUA. O PAFIC lhes deseja muito sucesso nesta nova jornada!!!
Para 2011 a idealização de ampliar objetivos já é uma possibilidade, aguardem que em breve poderemos ter grandes novidades...





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Grande abraço e estou grato pela sua visita que é sempre especial!!!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Testes de Cooper
Os testes de campo propostos por Cooper (1982) são vastamente utilizados para a avaliação da capacidade aeróbica de adolescentes e adultos de ambos os sexos.
1.    Teste de corrida de 2400 metros (Cooper, 1982).
A faixa etária sugerida é de 13 a 60 anos. O objetivo do teste é percorrer a distância no menor tempo possível.
Com o resultado do teste aplica-se a tabela abaixo conforme o sexo e a idade para avaliar a capacidade aeróbica do indivíduo.

Tabela scaneada do livro: Avaliação e Prescrição de Atividade Física.


Caso haja necessidade de um valor final em uma unidade metabólica como o VO2máx recomenda-se a utilização da equação abaixo:
VO2máx ml (kg.min)-1= (Distância percorrida x 60 x 0,2) + 3,5 ml (kg.min)-1 
                                                      Duração em segundos


2.    Teste de andar e correr 12 minutos (Cooper, 1982).
A faixa etária sugerida é de 10 a 70 anos. O objetivo do teste é alcançar a maior distância possível correndo e/ou caminhando.
Com o resultado do teste aplica-se a tabela abaixo conforme o sexo e a idade para avaliar a capacidade aeróbica do indivíduo.
Tabela scaneada do livro: Avaliação e Prescrição de Atividade Física.

Caso haja necessidade de um valor final em uma unidade metabólica como o VO2máx recomenda-se a utilização da equação abaixo:
VO2máx ml (kg.min)-1= Distância percorrida (metros) - 504 
                                                         45

    
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Fico grato pela sua visita, pois ela é sempre especial!!! Grande abraço 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

História parte 2/3

PROGRAMA DE AVALIAÇÃO FÍSICA CONTINUADA (PAFIC)

Ano de 2008 – Primeiro grande passo.
            Este é um ano especial, principalmente, porque este foi o ano no qual o Colégio Fênix implantou o PAFIC para todos os seus alunos (http://www.colfenixpetr.com.br/site/projetos_dados.asp?projeto_codigo=16), com isso, a expansão do conceito e da filosofia idealizada, puderam ser colocadas em prática, sendo um grande sucesso para todos.


            Em atletas da equipe Pé de Vento foram realizadas avaliações na Academia Body Club (http://www.bodyclub.com.br/) do Prof. Ms. André Fernandes e Prof. Claudia Fernandes.





Ano de 2009 – Integração a novos projetos
            No colégio Fênix, as avaliações receberam um novo layout para facilitar a interpretação e entendimento dos alunos e responsáveis. A satisfação e a discussão de conceitos são realidades. Abaixo segue a foto da estagiária Juliana Muniz de Cerqueira que também deu sua contribuição valiosa ao PAFIC no primeiro semestre. A partir do segundo semestre sua função foi ocupada pela estagiária Fátima Carvalho que permanecerá em 2011 dando sua maravilhosa contribuição!!!
                                                                            Juliana

                                                                           Fátima
Outro acontecimento muito especial foi à integração na equipe Tennis Route (www.tennisroute.com.br) que possui um projeto de formação de atletas de Tênis com diversos diferenciais. Dois aspectos muito particulares que separei para comentar são:
- Os atletas são preparados através de metas de estudos para que possam decidir junto a equipe, que se ao atingirem a maioridade e a decisão for de não participar de torneios profissionais no Brasil, eles já estão preparados para cursar uma faculdade nos EUA com bolsa para atletas.
- O segundo diferencial é um planejamento de metas, o qual compreende um planejamento de médio prazo, um plano de metas semestral (ambos individualizados), planos de ação para atingir as metas e reuniões periódicas de avaliação de desempenho. No final do semestre os melhores atletas recebem uma importância pelo seu desempenho. 
Dentre as 5 dimensões de metas, a preparação física é uma parte deste pentágono importante do processo de formação. Visitem o site e leiam a respeito. Este modelo de gestão é um exemplo para o esporte nacional.
Abaixo algumas das primeiras avaliações realizadas na quadra do Fred (Pai dos atletas Felipe e Guilherme Frias):




Na próxima postagem um pouco mais de história sobre o ano 2010 e a expectativa para 2011.

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Grande abraço e estou grato pela sua visita que é sempre especial!!!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Pontos de Corte do IMC em escolares

IMC – PONTOS DE CORTE PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

Índice de Massa Corporal
            O Índice de Massa Corporal ou Índice de Quetelet é a relação entre a massa(kg) e estatura(m), sendo calculado pela fórmula:

            O IMC vem sendo usado frequentemente em pesquisas epidemiológicas pela facilidade de aplicação do método. Entre diversas variáveis antropométricas, principalmente da massa e estatura corporal, têm sido a forma mais utilizada e aceita para a avaliação do estado nutricional de crianças e jovens(1), além de ser um bom índice de avaliação da adiposidade corporal e um indicador de doenças cardiovasculares(2).
            As tabelas com os pontos de corte sugeridos na literatura para baixo peso, eutróficos, sobrepeso e obesidade podem ser divididas em internacionais, mistas e nacionais. A escolha de qual padrão de referência utilizar é amplamente discutido e questionado na literatura(3,4,5).
            O padrão internacional de referência é estabelecida pelo CDC (Center for Disease and Control and Prevention)(6). A amostra é unicamente formada por americanos de 2 a 20 anos, sendo adotados pontos de corte do percentil 5, 85 e 95 para o baixo peso, sobrepeso e obesidade respectivamente.
            O padrão misto e nacional são derivados das curvas de percentil que passam pelos pontos de corte do IMC que representam 17,5kg/m2(7) e 16,0kg/m2, 17,0kg/m2 e 18,5kg/m2 para baixo peso(8), 25kg/m2 para sobrepeso e 30kg/m2 para obesidade, de indivíduos com 18(9) e 20 anos(7). A construção destes pontos ocorreu através do método estatístico LMS(7,8,9).
            O padrão misto surge a partir de questionamentos sobre a arbitrariedade dos pontos de corte utilizados através de percentil e a utilização de dados de crianças e adolescentes americanos para determinar padrões internacionais(9). A Força Tarefa Internacional de Obesidade (International Obesity Task Force - IOTF) produziu uma tabela de pontos de corte internacionais de IMC para sobrepeso e obesidade(9), e mais recentemente para baixo peso(8). Foram obtidos dados representativos descrevendo o peso e a estatura em idades entre 2  e 18 anos, de ambos os gêneros, usando dados populacionais dos Estados Unidos, Cingapura, Holanda, Hong Kong, Reino Unido e Brasil.
            O padrão nacional(7) surge da necessidade possuirmos uma tabela específica para brasileiros e verificar se outros padrões são condizentes com a nossa situação de crescimento e desenvolvimento. A pesquisa é de extrema relevância, visto que a amostra é representativa de brasileiros com dados de 13.279 homens e 12.823 mulheres com idades entre 2 a 19 anos, extraídos da Pesquisa Nacional de Nutrição e Saúde de 1989. A construção deste padrão abriu um grande precedente para discussões e averiguações na população brasileira.

1.    WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). A Growth Chart for International Use in Maternal and Child Health Care: Guidelines for Primary Health Care Personnel. Geneva, 1988.

2.     TURCONI, G.; GUARCELLO, M.; MACCARINI, L.; BAZZANO, R.; ZACCARDO, A.; ROGGI, C. BMI values and other anthropometric and functional measurements as predictors of obesity in a selected group of adolescents. Eur J Nutr. 2006; 45: 136–143.

3.     TOMKINS, A. Que padrões usar para medir obesidade em crianças?. J Pediatr. 2006; 82(4): 246-248.

4.     WANG, Y.; WANG, J. Q. A comparison of international references for the assessment of child and adolescent overweight and obesity in different populations. European Journal of Clinical Nutrition.  2002; 56: 973–982.

5.     KAIN, J.; UAUY, R.; VIO, F.; ALBALA, D. C. Trends in overweight and obesity prevalence in Chilean children: comparison of three definitions. European Journal of Clinical Nutrition. 2002; 56: 200–204.

6.     KUCZMARSKI, R. J.; OGDEN, C. L.; GUO, S. S. et al. 2000 CDC growth charts for the United States: Methods and development. National Center for Health Statistics. Vital Health Stat. 2002; 11(246).

7.    CONDE, W. L.; MONTEIRO, C. A. Valores críticos do índice de massa corporal para classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes brasileiros. J Pediatr. 2006; 82(4): 266-272.

8.    COLE, T. J. et al. Body mass index cut offs to define thinness in children and adolescents: international survey. British Medical Journal. 2007; 335: 194-202.

9.    COLE T. J.; BELLIZZI, M. C.; FLEGAL, K. M.; DIETZ, W. H. Establishing a standard definition for child overweight and obesity worldwide: international survey. British Medical Journal. 2000; 320: 1240-1243.

Este texto é uma pequena parte do capítulo que tive o prazer de escrever no livro do amigo Alexandre Machado: Manual de Avaliação Física – Alexandre F. Machado. Ed. Ícone - 2010.
- Disponível para compra em:
http://www.iconeeditora.com.br/produto.asp?nomeproduto=978%2D85%2D274%2D1076%2D2&categoria=Educação Física
 - Link para download com os principais artigos de conteúdo dos pontos de corte de IMC:

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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Comentário de Bernardo Miloski ao post "A avaliação física é necessária?"

Comentário de Bernardo Miloski (Preparador Físico do PEC e Mestrando na UFJF) ao post " A avaliação física é necessária ?" que transformei em post!

Diogo,
concordo inteiramente com sua postagem, e tenho total convicção de que a avaliação física é parte fundamental de um processo de treinamento qualificado. Gostaria de levantar uma questão. Se nós, profissionais de educação fisica, entedemos isso, porquê as academias de ginástica cobram a mais por esse serviço, deixando a critério do aluno a realização ou não da mesma. Entendo também, que todo trabalho que nós realizamos deve ser valorizado e tem um custo. Não seria mais interessante pegar o custo dessas avaliações e dilui-lo nas mensalidades dos alunos? Dessa forma estaríamos cobrando pelo nosso serviço, e além disso, utilizando essa ferramenta tão importante para prescrição e controle do treinamento. Não trabalho na area de academia, mas esta é uma visão que tenho há algum tempo. Talvez os profissionais dessa area possam ter uma ideia mais clara sobre o assunto.
Bernardo Miloski
Prof Mtdo pela UFJF na área do Controle da Carga de Treinamento.Preparador Físico do PEC.

Bernardo e leitores,

   Primeiro agradeço seu comentário que é tão pertinente que resolvi transformá-lo em post!. O mais interessante nisto é que tenho comentado isso em vários lugares, inclusive, fui dar um curso e levantei este questionamento do valor da mensalidade diluído nas mensalidades, acho perfeito. O que conseguimos chegar à conclusão é que isto aumentaria o valor da mensalidade e muitos perderiam para a concorrência no valor da mensalidade. Particularmente eu concordo que pode atrapalhar, mas acredito que devemos nos apoiar sempre no resultado final. Caímos naquela velha história de que o barato sai caro. As pessoas não buscam resultados ? Então quando perceberem que pagam mais barato é o resultado não é tão bom quanto daqueles que trabalham de forma mais correta, tenho certeza que mudarão!!! O velho é bom boca a boca faz diferença sim. Aqueles que estão satisfeitos inconscientemente fazem propaganda da academia.
Em conversa com gestores sobre esta questão do valor da mensalidade, surgiu uma discussão muito interessante que a gente vê a população adora pedir um desconto nas academias, e, por isso, são criados os pacotes que são muito bons para famílias e grupos. Acontece que os que não tem sempre reclamam e a academia para não perder o aluno sempre dá um jeito. A parte interessante nisso é que quando vamos em alguma rede de fast food gastamos em combos da vida uma faixa de R$ 20,00 a R$ 50,00, se vai a família piora a situação; em baladas gasta-se com entrada, bebidas, área vip e etc, dá para se prever um gasto médio no barato de R$ 50,00. Enfim, o preço esta lá e ninguém chora um desconto, porquê quando se trata de cuidar da saúde o sujeito chora todas as mazelas ???  
   Assim como o Bernardo, gostaria de levantar a questão de algumas academias que estão utilizando diversos profissionais para fazer a avaliação física. Eu tenho a opinião de que não é uma coisa legal no aspecto técnico. E vocês o que pensam?

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Grande abraço a todos e mais uma vez obrigado pela visita!!!

Prof. Mst. Diogo Pantaleão

Por que o nome PAFIC e história parte 1/3

PROGRAMA DE AVALIAÇÃO FÍSICA CONTINUADA (PAFIC)
Caríssimo leitor, este nome se deve a idealização do "Programa de Avaliação Física Continuada (PAFIC)" que se destina a realizar avaliações nos mais diversos segmentos da atividade física, principalmente na cidade de Petrópolis-RJ, com o diferencial de ser uma proposta longitudinal. Abaixo um pouco de história...

Ano de 2006 – Ano da idealização das ideias.
Em 2006, ocorreu o primeiro passo para um contato mais direto com a avaliação física. No Laboratório de Fisiologia do Exercício (LAFIEX) da Universidade Estácio de Sá (UNESA) junto ao Coordenador, Professor Ms. Alexandre Machado. Entrei no LAFIEX como colaborador externo para pesquisas, e presenciei trabalhos sendo feitos em diversas áreas da cineantropometria, no entanto, o que mais me chamava à atenção dentro da área, eram as aferições das dobras cutâneas.
Neste ano, o LAFIEX fechou um convênio com a equipe Pé de Vento do dedicado e competente médico Henrique Viana (http://www.pedevento.org.br/Pages/inicialpdv.aspx). Nascida em Petrópolis, a equipe é tradicionalmente formadora de corredores de alto rendimento com representatividade nacional e internacional. No passado já havia formado diversos corredores com resultados expressivos e naquele momento contava com uma promessa em maratonas - Franck Caldeira, que em 2006 viria a ganhar a maratona de São Silvestre e em 2007 viria a ganhar o Pan Americano no Rio de Janeiro. Para mais informações sobre a equipe acessem o site que é bem interessante!
Como já realizava algumas coletas pelo LAFIEX na parte cineantropometrica, fui designado a realizar as avaliações dos atletas da equipe. Abaixo algumas fotos: 



Após estas avaliações, surgia a ideia e a própria necessidade de mercado de levar estes conhecimentos aplicados no alto rendimento às escolas esportivas de Petrópolis a priori. Neste momento começa de fato a surgir o Programa de Avaliação Física Continuada (PAFIC).

Ano de 2007 – Primeiro Passo e Criação do PAFIC.
O ano de 2007 foi o ano de criação e desenvolvimento do PAFIC. A primeira decisão tomada foi de efetuar uma divisão do programa para atletas, escolas esportivas (Fluminense - Educação Esportiva) e a prevenção em escolas do excesso de massa corporal em crianças e adolescentes.
No colégio Fênix (http://www.colfenixpetr.com.br/site/) o PAFIC foi implantado de forma parcial atendendo aos alunos interessados e, mediante a repercussão foi feito o convite para participar do evento que ocorreu no dia 15 de Setembro de 2007 realizou-se o 1° Encontro de Pais e Profissionais da área de saúde referente ao “Projeto Criança, Educação e Saúde do Colégio Fênix” (http://www.colfenixpetr.com.br/site/eventos_dados.asp?evento_codigo=82).
No colégio único de Teresópolis e, em parceria com o Professor Esp. Leonardo Machado o PAFIC também foi implantado de forma parcial.
          Em atletas da equipe Pé de Vento foram realizadas mais algumas avaliações.





Na escola de educação esportiva do Fluminense em Petrópolis foi implantado o PAFIC que infelizmente não teve prosseguimento para um passo maior. Algumas fotos das avaliações. Em algumas delas a presença importante do Prof. Esp. Bruno Paiva.


Na próxima postagem sobre história colocarei um pouco mais sobre os anos de 2008 e 2009.
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Grande abraço a todos e grato pela visita!!!